O momento político delicado no Brasil propicia novas ideias que possam ser traduzidas em práticas sociais inovadoras, e no caso específico, de planejamento urbano. Por isso, esse trabalho apresentou uma discussão geral sobre as questões relativas ao meio urbano, ao planejamento urbano e da reconfiguração da paisagem das área central do município de Divinópolis/MG. Para a abordagem do tema estudou-se os mecanismos dos planos diretores como formadores e catalizadores de transformações das paisagens e realizaram-se simulações que permitiriam a visualização e a crítica do que pode ser as possíveis paisagens geradas pela legislação vigente em Divinópolis, correlacionando-a com outras legislações semelhantes no Brasil.  

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Esse trabalho possibilitou uma análise crítica do planejamento urbano de Divinópolis através de um diagnóstico da legislação vigente, dos Planos Diretores do Município e a verificação das paisagens formadas ao longo da história.  O trabalho tem como foco a região central da cidade, em virtude de seu valor referencial no município, o que tornou necessário expressivo investimento em elaboração de cadastro de dados e de princípios de modelagem da paisagem para, com base na produção de dados, gerar as informações que deram suporte à crítica ao planejamento e às leis que regulamentam a paisagem existente. 

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A Prefeitura Municipal de Divinópolis, em parceria com a FUNED – Fundação de Ensino de Divinópolis, realizou em 2014, o Diagnostico para elaboração do Plano Diretor – DPDD, demonstrando a importância das ferramentas de geoprocessamento. Esse processo foi uma oportunidade para uma discussão maior em relação à legislação da cidade. A falta de informações georreferenciadas que produzam retratos da realidade torna difícil para a administração pública realizar um adequado planejamento. Nesse contexto, o uso de Sistemas de Informações Geográficos (SIG) tem sido eficaz para os municípios, auxiliando-os nas tomadas de decisões.  

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Faz-se cada dia mais necessário aos administradores públicos as ferramentas para espacialização de fenômenos e análise da influência desses sobre uma determinada área. A administração municipal se aproxima cada vez mais de uma lógica empresarial, fato este que exige de seus responsáveis a elaboração de políticas cada vez mais fundamentadas e estratégicas. Nesse contexto, a aplicação de metodologias de apoio a estudos ambientais urbanos como a identificação e mapeamento das áreas de influência de pontos ou ocorrências espaciais de fenômenos, são peças fundamentais para definição de zoneamentos e segmentações administrativas de um território. (Guadalupe, 2014, pag.01) 

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Num segundo momento do trabalho se propôs uma metodologia de trabalho participativa para a criação de uma legislação e a utilização de tecnologias como apoio a tomada de decisões quanto ao reordenamento urbanístico do centro do município. Propôs assim uma metodologia apoiada em softwares que facilitam a participação popular na elaboração legislativa reguladora do planejamento urbano.